terça-feira, 31 de maio de 2011

Para coordenador, escolas regulares e especiais podem ser iguais

VANESSA COSTA SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fundada em 1829, a Perkins School for the Blind, sediada na cidade de Watertown, em Massachusetts, é a primeira escola para cegos dos Estados Unidos. Ao longo de sua experiência de mais de cem anos na inclusão social de crianças, jovens e adultos cegos, a escola especializou-se também na inclusão de surdos, surdocegos, pessoas com baixa visão e pessoas com outras deficiências associadas. Em 1987, a instituição internacionalizou seu programa de formação de líderes, que busca capacitar educadores e professores para a educação especial.

Pais protestam para manter instituto como escola especial
Transformação pedagógica é necessária para incluir deficientes

Atualmente, por meio desse programa, a instituição ajuda na inclusão de pessoas com deficiência múltipla em 63 países, entre eles o Brasil, fornecendo apoio financeiro e consultoria técnica aos seus parceiros locais. Em 2010, a Perkins Internacional injetou mais de US$ 70 mil em programas de capacitação. O coordenador dos projetos da Perkins Internacional conduzidos na América Latina, Steve Perreault, conversou por e-mail com a Folha sobre a educação inclusiva.

FOLHA - Qual é o objetivo da Perkins Internacional no Brasil e em outros países?

STEVE PERREAULT - A Perkins Internacional dá suporte à educação de crianças com deficiência visual associada à outra deficiência e a surdocegos. Quando começamos nosso trabalho no Brasil, em 1990, crianças com esse tipo de deficiência praticamente não recebiam nenhuma assistência no campo da educação. Nossa filosofia defende o desenvolvimento de serviços de educação coerentes com as necessidades dessas crianças, por meio de consultorias, capacitação de professores, alinhamento com as políticas públicas e apoio à família dos alunos.

FOLHA - Qual é o valor do investimento da Perkins na inclusão dessas crianças no Brasil?

PERREAULT - Temos uma verba anual de US$ 30 mil para programas desenvolvidos no Brasil. Mas nos últimos três anos temos conseguido prover um adicional de US$ 20 mil para os programas no país, conduzidos pelos nossos parceiros locais, dentre os quais estão a Ahimsa (Associação Educacional para a Múltipla Deficiência), a Adefav (Associação para Deficientes da Áudio Visão), a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no setor de baixa visão, e a Abrapascem (Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Surdocegos e dos Deficientes Sensoriais).

FOLHA - O que o senhor poderia dizer sobre as políticas públicas brasileiras relacionadas à educação inclusiva?

PERREAULT - Há uma lei, aprovada pelo governo, que diz que todas as escolas públicas e privadas regulares devem aceitar alunos com deficiência. Eu não tenho tanto conhecimento sobre as políticas públicas para a educação inclusiva no Brasil, mas proibir a recusa é uma grande vitória, pois amplia o acesso à educação a todas as crianças com deficiência. Durante muitos anos, escolas e governos escolheram arbitrariamente quem iriam educar, e, ao negarem a educação a pessoas com deficiência, um grande potencial para o aprendizado foi desperdiçado. O passo seguinte é saber como podemos assegurar os apoios capazes de realmente incluir as crianças com base em suas necessidades individuais. É preciso profissionais capacitados para trabalhar junto aos professores das escolas públicas no estabelecimento de planos individualizados de aprendizagem. O Perkins Internacional tem trabalhado com seus parceiros no Brasil o detalhamento desses apoios à educação de crianças com deficiência múltipla para facilitar a inclusão nas escolas locais. Este documento está sendo distribuído a autoridades de educação especial.

FOLHA - Em sua opinião, considerando o relacionamento da Perkins com seus parceiros locais, quais são os principais gargalos da educação inclusiva no Brasil?

PERREAULT - Em vez de rotular questões como problemas, nós reconhecemos o trabalho que resta a ser feito. O Brasil é um país progressista e voltado para o movimento da educação inclusiva, mas enfrenta desafios que vem de suas grandes distâncias e da densidade populacional. A tarefa é trabalhar com profissionais e famílias para levar suas vozes à política de tomada de decisões e definir o que é verdadeiramente acesso à educação. A questão não é apenas passar pela porta da escola, mas como o aluno pode se conectar e tirar o melhor proveito dos recursos que a escola tem para oferecer. A adequação do transporte para o colégio, por exemplo, muitas vezes é a chave para o sucesso do aluno com deficiência. Muitos alunos que são cegos, outro exemplo, tem pouco acesso a máquinas braillers.

FOLHA - Como é a política de educação inclusiva no EUA?

PERREAULT - A lei de educação especial apoia a inclusão de crianças com deficiências múltiplas com base no seu plano educativo individual, que deve ser desenvolvido com os pais e com a aprovação dos pais. Isso é muito importante. O sistema de ensino nos Estados Unidos ainda oferece suporte a uma gama de opções de posicionamento, baseado nas necessidades individuais de cada criança.

FOLHA - Como escolas especiais e regulares podem trabalhar juntas para incluir os alunos com deficiência em um sistema de educação que realmente faça com que eles aprendam?

PERREAULT - Acredito que as políticas devem apoiar o planejamento individualizado para cada criança, em um sistema conjunto. Escolas regulares e especiais não precisam ter sistemas diferentes. Tanto profissionais da educação regular quanto os da especial precisam de capacitação para alcançar esses apoios.

FOLHA - Quais são as iniciativas prioritárias da Perkins no Brasil?

PERREAULT - O programa Perkins Internacional continuará a trabalhar com seus principais parceiros no Brasil para promover oportunidades de educação às crianças com múltipla deficiência e às surdocegas. Continuaremos a nos concentrar na formação de professores expandido e explorando o uso de novas tecnologias, e ampliando a voz das famílias na definição das prioridades de ensino. Também continuaremos a proporcionar a troca de experiências entre profissionais da América Latina. Anualmente, nosso programa de capacitação alcança mais de 10 mil professores e pais de crianças com deficiências na América Latina.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Especialização em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva na Uerj

A Faculdade de Educação da UERJ oferece, de 05 a 31 de agosto, o curso de Especialização (Lato Sensu) em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva . As aulas serão ministradas às sextas-feiras, das 13h às 18h e a carga horária é de 360 horas/aula. As inscrições poderão ser feitas on line de 20 de fevereiro a 02 de junho de 2011. Maiores informações: 2334-0639 ou CEPUERJ

Convite 2º. Desafio de Volei Sentado PRAIA PARA TODOS


No dia 28 de maio de 2011, no Posto 3 da Praia da Barra da Tijuca, às 9h, realizaremos o 2º. DESAFIO DE VOLEI SENTADO PRAIA PARA TODOS.

O Desafio faz parte do projeto PRAIA PARA TODOS - Lazer e desporto Adaptado nas Praias (www.praiaparatodos.com.br), que acontece todos os sábados, entre 9h e 14h, no Posto 3 da Praia da Barra da Tijuca e pretende tornar as praias cariocas mais acessíveis, além de oferecer diversas atividades esportivas adaptadas – o surfe, frescobol e peteca, futebol adaptado e, é claro, o vôlei de praia sentado. O objetivo é desmistificar a imagem de passividade atribuída às pessoas com deficiência.

Às 9h acontece o jogo preliminar. Será disputado entre os atletas de vôlei de praia convencional do Instituto Evokar, os atletas de vôlei sentado de praia do projeto PRAIA PARA TODOS e da escolinha de vôlei sentado Debora Morand.

Às 10h acontece o jogo principal com a presença das atletas campeãs Shelda Bede, Flúvia e Raquel Silva de um lado. Jackie Silva e Sandra Pires a confirmar. Do outro, o time de profissionais de vôlei sentado do Vasco da Gama e Andef. A idéia é que as atletas joguem nas mesmas condições dos deficientes físicos, ou seja, sentadas. O evento pretende aumentar a visibilidade do esporte e promete ser uma competição divertida.

Além disso, durante o evento será promovido por artistas com deficiência a Exposição “Arte e Vida” no calçadão da praia.

Realização: Instituto Novo Ser
Patrocínio: Orlario; Reateam/Ortobrás; Açai Roots; Portal da Barra; Tropical Sul/Caprimar
Mantenedora: Radix
Apoio institucional: Instituto Evokar e MKT Guerrilha

Renda mínima para autistas e PcD

Agência Câmara de Notícias
19/5/2011
Reportagem – Murilo Souza; Edição – Pierre Triboli

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 528/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que dispensa pessoas com deficiência intelectual, autismo ou deficiência múltipla da comprovação de renda familiar mínima para ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas). O BPC-Loas é pago mensalmente e corresponde ao valor de um salário mínimo.

O relator da PEC, deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), apresentou parecer pela constitucionalidade e juridicidade da matéria. Ele destacou que a proposta tem altíssima relevância social por garantir que todas as pessoas com deficiência e autistas tenham acesso a uma renda mínima, nos moldes do que ocorre hoje com o BPC-Loas.

Pelas regras atuais, para ter direito ao BPC, as pessoas com deficiência precisam comprovar renda mensal familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo. A exigência é a mesma para idosos. Pela Lei 8.742/93, que estabelece os critérios para concessão do benefício, o interessado também deve comprovar incapacidade para o trabalho.

Tramitação

A proposta seguirá para uma comissão especial, a ser criada especificamente para analisá-la, e depois será votada pelo Plenário.

PEC-528/2010

CCJ aprova renda mínima para autistas e deficientes
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ASSISTENCIA-SOCIAL/197303-CCJ-APROVA-RENDA-MINIMA-PARA-AUTISTAS-E-DEFICIENTES.html

Rio: I Seminário de Autismo(UERJ)



Palestras:
Dr Jair Moraes - "Autismo: uma visão da Neuropediatria"
Rita Thompson - " Teoria da mente e aquisição de habilidades sociais"
Dayse Serra - "Avaliação Psicopedagógica Inicial e continuada em alunos com autismo"
Dr Cleitom Alves - "Autismo e a Odontologia"

Data: 11/06/2011
Horário: 08:00 às 14h
Local: UERJ, auditorio 11 bl F
Investimento: R$ 60,00

Informações e inscrições: http://www.corautista.org

(21) 2564-1969/3287-1387

Respeite este trabalho. Se for republicar algum texto, cite-nos como sua fonte e coloque um link: http://cronicaautista.blogspot.com/
Postado por Argemiro Garcia
Marcadores: Rio de Janeiro, seminário, simpósio

sábado, 14 de maio de 2011

I SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO MAEE: discutindo a Educação Especial.

Prezado Professor do Instituto de Educação Carmela Dutra – IECD,


O Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM e Maria Auxiliadora Terra Cunha, professora responsável pelo Projeto MAEE/FAPERJ. RJ convidam o corpo docente desse Instituto de Educação e da UNISUAM para o I SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO MAEE: discutindo a Educação Especial.

Acreditando em uma formação em torno dos ideais de inclusão e cidadania, tão caros à cultura democrática, é que vimos externar a honra e o prazer que será tê-lo conosco neste Seminário a ser realizado no dia 21 de maio de 2011, sábado, das 8h às 17h, no auditório Professor Arapuan Motta, na UNISUAM, unidade Bonsucesso.

Programação:
. 8h às 9h - entrega das credenciais e Coffee Break;
. 9h às 12h - Mesa Redonda Discutindo a Educação Especial em Escolas do Estado do Rio de Janeiro; e
. 14h às 17h - Oficinas com Estudos de Casos.

Temas:
. Políticas Públicas – Waldirene Amorim (manhã) e Marcia Pletsch (tarde);
. Deficiência Intelectual - Valéria Oliveira;
. Deficiência Auditiva - Maria Cristina de Oliveira;
. Deficiência Visual - Elizabeth Canejo;
. Deficiência Física - Lúcia Sodré;
. Transtornos Mentais - Izabel Moura; e
. Transtornos Globais do Desenvolvimento - Tereza Cristina Simões de Paiva.

Para uma melhor organização desse evento, solicitamos aos professores interessados, que até o dia 15 de maio de 2011, enviem um email para projetomaee@gmail.com informando até duas de suas preferências para as Oficinas com Estudos de Casos.
Este convite pode ser estendido a professores de outras Instituições que estejam interessados por esses temas da educação especial.